05/11/2012
Adeptos do Rock’n’Roll
Se os punks da década de 1970 e meados de 1980 soubessem a febre que seus spikes e rebite causariam no mundo da moda trinta anos depois...Faça um teste: passe pela vitrine das lojas no shopping e procure uma que não tenha spikes saindo do ombro de um casaco ou adornando um slipper. Difícil, né? Isso porque desde 2010 esses acessórios estão se consolidando no mundo da moda e, hoje em dia, são febre absoluta entre as fashionistas do mundo todo.
Os spikes são uma herança da moda punk que, na verdade, detesta a terminologia “moda”. Eles preferem se referir a eles mesmos como possuidores de um “estilo de vida” que significa um modo de afirmação pessoal (o que, convenhamos, também pode ser um significado de moda). A questão é que o estilo deles sempre contrasta deliberadamente com a moda vigente e por vezes apresenta elementos ofensivos e contestadores dos valores aceitos pela sociedade.
Para você ter uma ideia, embarque no túnel do tempo e tente imaginar a sociedade mundial das décadas de 70 e 80: a Guerra Fria acontecendo entre os Estados Unidos e a União Soviética, a repressão política no Brasil, o culto aos “bons valores” da sociedade. O punk rock veio como um protesto, uma vontade desesperada de quebrar com tudo isso. Então eles cortavam o cabelo moicano, usavam coturnos e adornavam as vestes com espetos prateados.
Em 2012, os “espetos” caíram no gosto das mulheres do mundo todo e perderam o seu caráter contestador para se tornarem rebeldes, inovadores e must have das aficionadas por moda.
Para as que adoram trabalhos manuais, o spike se apresenta como uma excelente terapia e, por quê não, como fonte de renda. Há vários tutoriais no youtube explicando como aplicar as charmosas tachinhas em roupas e calçados para auxiliar aquelas que gostariam de começar a dar aquele charme a mais na suas roupas.
E aí, curtiu? Não importa se feito por punho próprio ou comprado numa loja, a verdade, é que os spikes vieram pra ficar.